quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Deleite da Alma



Agora minha boca se cala,
Frenética no teu beijo.
Ouvindo os sussurros que se encostam,
Como uma concha no meu ouvido.
Vem o barulho que não diz nada,
E é contraditório.
Consigo entender esse teu silencio murmurado.

A harmonia dos nossos corpos que se tocam.
Intercalando entre o ríspido e o deleite,
Excitamos-nos juntos.
Quero toda a tua libido em mim,
Tenho fome do teu beijo,
Do teu suor correndo pelo ventre,
Num pingo desenhado, devagar.

Quero ver-te por cima. Quero dimensão.
Sublime amor que fazemos.
Rolamos na cama, trocamos caricias,
Abraços.
Não fazemos sexo, não conhecemos isso.
Quero encontrar você,
No mesmo tempo em que você irá me encontrar.

Encontrar com a tua alma nas alturas,
Fazendo isso um sutil e veemente orgasmo,
Ao mesmo tempo. Nós. Juntos.
Esse final que não necessitamos.
Posso ficar conhecendo teu corpo horas,
E ainda não suprir todo o meu desejo.

Posso ficar a noite toda deitada no teu braço,
No teu peito, escutando tua música.
Não tenho a necessidade de gozar do teu sexo.
Quero-te dentro de mim,
Não por inteiro em meu corpo,
Mas sim, na minha alma.

4 comentários:

  1. No teu peito, escutando tua música.
    Não tenho a necessidade de gozar do teu sexo.
    Quero-te dentro de mim,
    Não por inteiro em meu corpo,
    Mas sim, na minha alma.

    ai ai... ai. ai. não preciso dizer mais nada, nem você. completo, lindo, você preencheu-me com letras, bonita! bjbjbj

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  2. "deleite da alma, do corpo e da mente"

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  3. Posso ficar a noite toda deitada no teu braço,
    No teu peito, escutando tua música.
    ... que semiótica bela!

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"Escrever tem de ser sinonimo de prazer e emoções.Dar prazer e emoção no leitor é a primeira tarefa do escritor" - Moacir Sclior